quarta-feira, 18 de agosto de 2010

POLÍTICA E FLORES ENFRENTAM-SE, SEMPRE!

O elogio administrativo não é política, assim como a crítica administrativa não é política.
Política é afetação da realidade.

A realidade por si só corresponde ao dilema humano, ("...mais que demasiadamente humano"), de enfrentamento solitário dos conceitos intrínsecos à psiquê, do amor sexual, da reprodução e produção para si de uma vida para o futuro, de outros tantos vetores íntimos.

Política é o enfrentamento coletivo das partes no todo. É por isso que uma política de elaboração teórica, sem um quê de afetação da realidade, não convence, não prepara para o enfrentamento os indivíduos da parte, e assim, todo aquele partido.

Como por exemplo, uma política ambiental de preservação do semi-árido no nordeste do Brasil.

Um movimento social ou uma lei aprovada para esse fim que não arme o sertanejo interessado na preservação do semi-árido para o enfrentamento das corporações empresariais, como no caso da exploração do clima e solo para o plantio de flores, que, segundo o Banco do Nordeste do Brasil, garante uma produção de 200 rosas por m2/ano, duas vezes superior à produtividade da Colômbia, maior produtor latino americano de flores, simplesmente vai naufragar e desencadear outro desastre histórico como no caso da cana-de-açúcar no setecentos nordestino. Ora, já em 1998, veio o título: "Nordeste é o jardim da Europa".

Com estufa e irrigação: Crisântemos, tango, aster, gipsofila, lírio, gérbera, girasol e margaridas cultivadas a quatro graus da linha do Equador, os bulbos do Ceará para a Holanda: Viva o Dia das Mães!

Violetas, lírios, helicônia, o bastão-do-imperador, CRAVOS!

Então, mesmo que seja com flores, há uma política de exportação e de degradação do ambiente semi-árido como sempre se nos apresentou, daí a necessidade de afetação dessa realidade, de enfretamento dos diversos vetores envolvido, como geração de empregos, divisas internacionais, etecetera.

Política e flores enfrentam-se, sempre!

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